Como os níveis de triglicerídeos afetam a saúde cardiovascular?

Os níveis elevados de triglicerídeos representam um fator de risco significativo para a saúde cardiovascular, atuando em múltiplos mecanismos que comprometem a função vascular e aumentam a probabilidade de eventos graves. Abaixo, detalho os impactos e interações:

1. Formação de Placas Ateroscleróticas

• Mecanismo: Triglicerídeos em excesso contribuem para o acúmulo de partículas de LDL oxidado nas paredes arteriais, iniciando processos inflamatórios que levam à formação de placas.

• Consequências:

  • Redução do fluxo sanguíneo para o coração e cérebro.

  • Risco aumentado de infarto e AVC.

2. Sinergia com Outros Lipídios

• Colesterol LDL: Triglicerídeos altos potencializam os efeitos negativos do LDL "ruim", acelerando a aterosclerose.

• Colesterol HDL: Níveis elevados de triglicerídeos reduzem a eficácia do HDL em remover o excesso de colesterol das artérias.

3. Síndrome Metabólica e Resistência à Insulina

• Relação bidirecional: Triglicerídeos altos estão associados à resistência à insulina, criando um ciclo que agrava o risco cardiovascular.

• Complicações:

  • Maior probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2.

  • Inflamação sistêmica persistente.

5. Estratégias de Controle

• Modificação dietética:

  • Reduzir açúcares refinados e gorduras saturadas.

  • Aumentar fibras (aveia, linhaça) e ácidos graxos ômega-3 (peixes gordurosos).

• Suplementação com EPA:

  • EPA puro (EpaPure 1000mg): Reduz triglicerídeos em 25-30% sem elevar o LDL, ao contrário de formulações com DHA.

  • Atividade física:

  • Exercícios aeróbicos (caminhada, natação) aumentam a oxidação de gorduras.

Conclusão: Triglicerídeos elevados funcionam como catalisadores de danos vasculares, interagindo com outros lipídios e agravando condições metabólicas. Seu controle exige abordagens integradas, desde mudanças no estilo de vida até intervenções farmacológicas ou suplementares direcionadas.